MUNDIAL F1 DRACO - ETAPA 17 - GRANDE PRÊMIO DO JAPÃO - SEASON 03
A vitória que recoloca Pedro na disputa
Sem vencer há muito tempo, mas ainda com resultados alternando entre o muito bom e o nem tão bom assim, Pedro pareceu por um momento um tanto quanto afastado da briga direta com Tony pelo título deste Mundial, como se não quisesse fazer mais do que aquilo que a corrida apresentava. Sendo assim, ou não, ver um piloto como ele não dar 100% da sua capacidade nas provas é um desperdício para todos que fazem parte dos eventos, seja assistindo ou correndo. A capacidade de Raso é tão grande quanto a de Tony, e quando alguém tão bom corre “sozinho”, as coisas tendem a ficar um pouco sem graça. Acredito fortemente que um piloto do nível de Tony Peterson faz questão de ter com quem disputar.
Pedro é esse cara. E nos mostrou mais uma vez, em Suzuka, que ele ainda está no páreo, bom, é o que espero.
Sua vitória foi maiúscula, com um controle quase absoluto de tudo o que fez na pista do Japão, inclusive começando pela Pole Position. Enquanto a maioria perdia o bico em setores diferentes de Suzuka, Pedro abria uma vantagem considerável sobre Tony, o que pode ser dito também como uma vantagem segura já que estamos falando do líder do campeonato que executava sua corrida com uma Mercedes, ou seja, cada detalhe importa para o grande feito de Pedro Raso.
As coisas poderiam ter sido muito diferentes, já que com tantos carros de segurança na pista, fosse ali um outro piloto que não Pedro, seria bem provável que a Mercedes de Tony figurasse na 1ª posição. Bom, era Pedro e com muita tranquilidade conseguiu segurar Peterson sem que ele sequer se aproximasse, sua performance foi perfeita o tempo todo, madura e praticamente sem erros.
Quando o segundo safety car acontece, Pedro volta bem abaixo com pneus amarelos e Tony permanece de vermelhos, estratégia na ponta do lápis, ou seja, mesmo que o desempenho de Tony fosse alto, não conseguiria manter o desgaste dos compostos vermelhos baixo por muito tempo, até porque ele teria de abrir até parar. Pedro escalou o grid tão rápido que parecia que ele próprio era quem estava de vermelho. No resumo da ópera, Pedro assumiu e mesmo com uma punição de 5 segundos conseguiu manter a liderança da prova segura, Tony teve de enfrentar Golmar num dia inspirado de Ferrari e isso o fez perder muito tempo.
Raso venceu com todas as suas melhores características depois de muitos acreditarem que ele não queria mais o campeonato. Espero que todos estejam errados e que a disputa com Tony fique cada vez melhor.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel