MUNDIAL F1 PEGASUS - ETAPA 01 - GRANDE PRÊMIO DA AUSTRÁLIA - SEASON 03
A vitória bateu à porta. Abra!
Se você tem a possibilidade de vencer, simplesmente faça tudo por essa chance. Aproveite os erros dos demais, corrija os seus e esteja 100% atento. Falar de imprevisibilidade na F1, principalmente no A.V. é mais velho do que as pedras da rua, então você sabe, algo sempre pode acontecer e arruinar muito a vida de alguém. A máxima contrária fica óbvia também. No instante em que muitos têm a mesma possibilidade aberta o que decide é justamente o 99,999% contra o seu 100%.
Alan venceu sua primeira prova na F1 exatamente assim, e com isso ele é o terceiro improvável em três provas em categorias diferentes a vencer e de certa forma ofuscar um pouco os favoritos. Improvável não é impossível, antes que alguém entenda mal.
A Pole de Claudio Paulo foi sensacional, mas a largada, não. Com menos de uma volta ele foi obrigado a pensar em corrida de recuperação e a chance enorme de começar bem em alinhamento com suas voltas nos testes de verão, foi perdida. André Paixão estava ali, bem perto e foi justamente ele quem assumiu bem a ponta e conduziu boa parte da prova na primeira posição.
Como as coisas estão muito parelhas em termos de desempenho (e isso só mostra cada vez mais equilíbrio) tanto Tiago Luz, quanto Alan prestavam atenção até no piscar dos olhos um do outro. Agressivos e sedentos, principalmente Tiago, que teve sim uma baita de uma performance deixando cada vez mais longe as famosas punições. A sua parada durante o safety car para colocar compostos vermelhos e colar ainda mais nos disputantes a vitória foi um ponto acertado, foi isso o que lhe manteve na briga e que lhe deu o pódio.
A ultrapassagem de Luz sobre Alan na volta 32 foi o maior exemplo do quanto estavam agressivos e ligados nos erros adversários.
A trinca formada por André, Alan e Tiago se tornou um jogo de xadrez onde o menor erro possível daria, ou cederia sua posição. Os três brigavam pela ponta.
O pulo do gato veio na parada de Alan que, inteligentemente, faz uma volta destruidora antes de estar nos boxes, tirando tudo o que podia e voltar com tempo de sobra. Deu certo e muito certo, ele volta não só a frente de Tiago, mas de André também.
Percebe o quanto estar atento muda tudo? O limite de Alan foi ultrapassado mil vezes durante a prova, mas a oportunidade chegou e se não tivesse agido rápido na estratégia e mais tarde tirado os 4s que lhe dariam a vitória sobre André, sabendo que os três tinham punições, mesmo que poucas, ele poderia ter sido o 3º colocado. Sensacional Alan.
Aliás, os três andaram muito. Muito mesmo, inclusive quem também andou muito foi Ivanilson Manga, que não fez o qualy, largou em último e chegou em 4º. A F1 é mesmo muito doida.
Se a oportunidade bater à porta, abra, é certo que vem coisa depois dela.
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel