MUNDIAL F1 ORION - ETAPA 18 GRANDE PRÊMIO DO MÉXICO - SEASON 03
A mágica de Merlin
Foi completamente avassalador em sua primeira vitória, Carlos Merlin. Por baixo da capa do mágico tinham inacreditáveis 40s de diferença em relação ao segundo colocado. A Mercedes lhe deu uma vida nova mesmo que por uma prova e o piloto fez jus ao carro sem sofrimento algum. Ele pede passagem.
Diante de muitos, mas muitos problemas enfrentados no México, Carlos Merlin conseguiu se se afastar de absolutamente todos e cruzar a linha de chegada em primeiro, com o sorteio do XP Cards a Mercedes lhe caiu bem, e já na largada as coisas tomaram um rumo bastante concreto, ou seja, em poucas voltas, muito tempo de diferença. A bem da verdade Merlin soube aproveitar com excelência a chance que teve, Bolha não correu, Tiago tinha uma Williams pavorosa, e sejamos francos não havia qualquer chance de vencer, então restou a ele enfrentar o ótimo Sandro Oliveira que não decepcionou de Alpine, num carro com condições melhores de disputa. Claro, não foi propriamente uma disputa “carro a carro”, me refiro aos nomes principais do Mundial neste momento.
O que Merlin fez além de vencer, foi mostrar aos demais que ele sabe correr, que é sim um bom piloto mesmo com grandes desfalques de força, não importa, ele fez o que precisava ser feito e se saiu absurdamente bem, e aí surge aquela história que eu gosto de contar: não só ter um carro de ponta, é preciso saber o que fazer com ele, bom, Merlin demonstrou que sabe, e eu repito, quando ele cruzou a linha de chegada seus quase 41s de diferença quase lhe permitiram fazer uma prova sprint. Carlos Merlin é mais um que acena para os donos de equipe ou para si próprio, o que significa tirar os escorpiões do bolso ano que vem.
No começo Tiago até tentou manter a Williams no primeiro pelotão, mas não foi, e não é possível, tecnicamente sim, mecanicamente, não. O carro sofre em qualquer investida e em defesas então, nem se fala. Tiago rodou, sofreu e no fim das contas encerrou em 9º, onde apenas dez pilotos terminaram. Zero culpa. Sandro foi valente o tempo todo, brigou com no mínimo mais três adversários naquele bolor que vários poderiam terminar no pódio. Sandro foi 2º, desceu para 3º, defendeu, brigou, segurou as punições e no fim das contas encerrou com o bronze e Rafael Almeida, de Red Bull, foi o 2º colocado.
Fechando este parênteses, e sendo redundante, a mágica do mágico deu certo, Carlos Merlin foi perfeito no México, e talvez possa ser também no Brasil, já que teremos leilão, mas a grande cartada vai ficar por conta daquilo que os que brigam pelo título irão fazer em Interlagos. Lá não pode haver mágica, ou pode?
CLASSIFICAÇÃO (XP CARDS):
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel