Tenho certeza de que do jeito que as coisas tem andado nos campeonatos de FIFA por aqui, essa é a melhor forma de exemplificar o que J.P. Antunes vem fazendo, ou seja, praticamente imbatível em suas partidas de chaveamento e nas finais então nem se fala. Digo praticamente, porque existe uma forma de vencê-lo, só é necessário descobri-la. O fato é que ninguém está tendo sucesso, nem sequer de longe, então vale a comparação com aqueles chefões ingratos e cascudos que não nos deixam passar de fase nos games, tipo o Apocalipse em Marvel x Capcom, se você um dia passou num Fliperama então sabe do que estou falando. Bem, é uma missão e tanto vencer seus atributos no FIFA, quebrar seus padrões de marcação e segurar seus ataques muito bem trabalhados. Hoje seria a vez de Tiago Luz, com seu PSG enfrentar o Lyon de João. Uma disputa de vontade e treino contra tranquilidade e padrões de jogo aparentemente impenetráveis.
Tiago tentou, é verdade, tentou sim. Mas foi pouco, muito pouco se comparado ao nível de seu adversário. O PSG foi muito bem escalado por ele, no início o 4-1-4-1 com o tripé de volantes o garantiria uma força defensora muito forte no meio e lhe permitiria apoiar com qualidade no ataque, já que Neymar e Mbappé estariam soltos para criar e quebrar as linhas do Lyon, ponto fortíssimo de João Antunes. Em nenhum momento presenciei o esquema dar certo, claro, o 4-4-2 do rival vinha compactado e fazendo uma marcação por zona bem abafada, traduzindo, a cada bola tentada por Tiago, João a tomava sem pestanejar e logo tratava de empurrar seu time para a frente. Houve um chute a gol do PSG, porque a pressão sobre sua cabeça era imensa, e num determinado ponto da partida ele pensava mais em correr atrás do que organizar seu esquema em campo. Jogar sem assistência alguma é para poucos, além de ser muito difícil torna o jogo desconfortável por conta dos erros em demasia.
Foi 3 a 0, sem choro, nem recuperação. Gols desnorteando a defesa, uma cacetada de falta logo nos primeiros lances e o resultado foi mais um título para J.P. Copa da França desta vez. A casa do PSG foi desarrumada antes mesmo que pudesse receber o restante dos convidados, e se você já leu meus outros textos sabe que, Tiago foi mais uma das vítimas que tem muito mérito, que jogam absurdamente bem, mas que parecem amadores perto do multicampeão. Ele não quebra seus padrões de jogo, tem muita personalidade e a moral já ultrapassou o teto. O game é o FIFA, as primeiras fases nos grupos são passadas até que de forma branda, mas, na hora de enfrentar o chefão tudo ganha ares de tensão, e o objetivo por aqui continua o mesmo até que se prove o contrário: Zerar o jogo.
Maurício Klippel