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A bola pune

Quem com ferro fere, com ferro será ferido
Maio 15, 2019
Mônaco sendo Mônaco
Maio 15, 2019
 

Faça o que quiser, mas só se vence com a bola na rede

Futebol, paixão maior do brasileiro. Incontáveis possibilidades e nem sempre o ‘’melhor’’ vence. Quer dizer, se o melhor não venceu, então ele não pode ser melhor, correto? Sim e não. Não foi melhor em campo, não agrediu e nem foi taticamente eficaz, mas, sim pelo fato de ter sido eficaz e pontual justamente na hora em que precisava, sabe qual? Fazendo gol. No sufoco como mandava o figurino. Rodrigo Corbari foi o responsável por desbancar o grande João Antunes da Copa Internacional Feminina, num jogo onde ele anulou o adversário de maneira primorosa, vinha com moral, e de cabeça erguida pelo bom futebol desempenhado, porém, cada adversário tem sua peculiaridade, em todos os sentidos. Ele enfrentou Diogo Teles, que foi treinador da Suécia nesta Copa. Jogador muito bom, insistente e inteligente, desta vez o padrão tático e técnico tanto seu, quanto de Corbari foram muito abaixo, principalmente no tempo regulamentar, mas quem disse que padrões SEMPRE ganham jogos?

Diogo viu praticamente todo o tempo seu adversário ser melhor. A goleira brilhando com defesas monumentais e uma pressão absurda sendo colocada sobre ele. Linhas espanholas bem a frente, posicionadas de maneira alta de modo a empurrar a Suécia até seu campo de defesa. De certa forma deu certo, mas de outra os arremates foram todos para fora, e as dificuldades do hardcore deixaram tudo mais inconstante, gols que pareciam feitos se tornaram incertos. Ao fim do tempo regulamentar Diogo realmente cresce um pouco, ajusta o time de modo que jogue com a bola no chão, mas os erros na criação dos dois lados impossibilitaram as jogadoras de meio de exercer seus papéis. Zero criação, muitos erros, leves acertos e prorrogação.

A melhora da Suécia de Diogo que parecia evidente, não vem a tona, a proposta de jogo da Espanha dobra, e a pressão aumenta consideravelmente. Diogo e o contra-ataque, era nítido, mas foram raras as vezes. Quando Corbari acertou o setor de meio, surge uma falta. Bom, aí a qualidade individual fala mais alto, gol de ouro e uma pintura no ângulo. Golaço. Não adianta, é necessário guardar a redonda, do contrário você pode jogar contra o Ibis, se não fizer, o barco passa e a oportunidade do outro lado chega. Diogo não é o Ibis, é treinador de ponta, e dentro da sua visão de jogo a bola entrou. Fim de papo. Taça para ele.

Mauricio Klippel


 

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