MUNDIAL FÊNIX FÓRMULA 1 - SEASON 02 - ETAPA 14 - GP DA ITÁLIA - MONZA
O campeonato que poderia ter outra cara
Ele sabe o que fazer, e como fazer, mas peca, principalmente, em quando fazer. É um piloto de ponta, ninguém discute a qualidade de Victor Roldan, suas estratégias são em maioria muito bem executadas e bom, literalmente, ele é um piloto de escala maior.
A questão é: o "quando fazer". Os resultados me parecem, e são, muito desnivelados no que diz respeito a Victor. Provas maravilhosas e provas muito ruins. Resultados espetaculares e outras vezes nem sequer parece o mesmo piloto. Quem ele é de fato, é aquele que ocupa o lado positivo, óbvio, já foi provado inúmeras vezes. Mas o negativo o impede de estar muito mais acima.
Não quero ser injusto, mas as coisas tendem a ser melhores, quando ele guia carros melhores. Não é uma regra, mas acontece muitas vezes. Monza foi vencida por ele ontem (03) com uma propriedade imensa, estava de Mercedes, e eli, dentro do carro, estava aquele piloto de ponta que conhecemos. Pole, largada precisa, paradas certeiras, muito tempo a frente, dominância de ponta a ponta e um salto que o coloca próximo a primeira fileira.
Encerrou a prova a frente de todos aqueles que conhecemos e são nomes muito pesados. O fato é que, a gangorra de desempenho pende muito mais para o lado de Roldan do que aos demais, suas vitórias têm intervalos muito largos e todos sabemos que existe bala na agulha para fazer mais.
Com toda a certeza ele pode entregar mais, se quer, eu não sei. Mas a grande maioria de suas provas poderiam ter a cara de Monza, o jeito que Monza teve ontem, agressivo, seguro, dominante e muito mais vitorioso.
Esse campeonato poderia ter outra cara se Roldan fosse mais consistente, não resta dúvidas, não a mim, pelo menos. Afinal todos os pilotos começaram com zero pontos, todos largaram do mesmo lugar.
Eu gostaria de vê-lo brigando a frente, sempre, existe em Victor um camarada bom em muitos sentidos. Mas é preciso entregar mais.
Muito mais.
Resultado:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel