PROFESSIONAL ORION FÓRMULA 1 - SEASON 03 - ETAPA 05 - GP DO BAKU - CIRCUITO DE AZERBAIJÃO
Deu com uma mão, tirou com a outra
É óbvio que ninguém deu nada a ninguém, mas para a ocasião este tipo de comparação é perfeita. Entre cálculos e mais cálculos se estenderam durante a prova muitas possibilidades sobre como acabaria o campeonato, e como nem você e nem eu somos bobos, sabemos o quanto a imprevisibilidade no automobilismo virtual é figurinha carimbada.
Espetacular.
Iran ou David? Qualquer um poderia. Qualquer um ainda pode. Mas em determinado momento só Iran. David poderia ter perdido a chance, mas foi ‘’braço de verdade’’, e recuperou a oportunidade. Não, David não deve mais ser considerado um piloto mediano.
Seu tempo carregando essa alcunha parece ter passado de vez, afinal, buscar uma vitória quando ela não lhe parecia mais favorável, e seu rival direto tinha tudo para erguer a taça com uma etapa de antecedência não é coisa de ‘’piloto mediano’’.
Bastava Iran vencer, era isso, e se tivesse sido não seria nenhum pecado, talvez deixasse a última etapa mais xoxa, mas seria muito merecido. A fase é maravilhosa, o poder de resposta e pista vem sendo praticamente perfeito, mas… não era a hora.
David foi o pole, e a ele caberia segurar Iran, só a ele. Conseguiu por muito tempo até alguns erros obrigarem o safety car entrar na pista. A parada de Iran foi mais anterior a de David, os pneus intermediários já se faziam necessários e o pensamento era só um: David errou, ele vai sofrer se não parar!
Uma volta antes de o carro de segurança abandonar a pista acontece a parada e a troca. Na realidade ele sentiu que não iria longe e o amarelo era um sinal de perder tudo o que já havia feito. 3ª posição, chuva. Numa parte o erro estava corrigido, na outra, ele pagou o preço e voltou atrás das duas Ferraris. DEU COM UMA MÃO.
No entanto Iran pensa na equipe, não era a hora, mas o contrário. Ele tinha a faca e o queijo na mão, era vencer e pronto. João V. deveria segurar David, e aí pimba! Abra-se vantagem e taça na mão! O escudeiro não tinha que ser Iran, não era ele quem deveria segurar David. Fazendo isso ele se colocou à total disposição dos fatores de pista.
E nas disputas frente a frente a Mercedes de David falou muito mais alto, foi um monstro na hora de buscar a posição de Iran. TIROU COM A OUTRA.
Corrigiu um erro quase que incorrigível, e se coloca no mesmo nível para ser campeão na última etapa, ou seja, não há favorito.
É claro que pensar na equipe é algo valioso, o Professional nasceu para isso, mas naquele instante as chances eram todas de Iran.
Canadá vai pegar fogo!
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Não terminaram
Piloto da corrida:
Piloto destaque:
Melhor volta da corrida:
Por Mauricio Klippel