O merecimento é tanto por mais uma conquista, que não há sequer o que reparar neste ano de 2019 protagonizado por Lucas. Nada menos do que impecável. Deixando muito claro, para que não haja dúvidas, de que um campeonato não se vence com capacidade na casa dos 50%, 70%, 80% ou 99,9%. Se vence com 100%! No caso de Yan, numa leitura muito particular, 70% é de um talento que escorre pelas beiras, que foram completados como uma luva, pelos outros 30% de muito trabalho, que incluem treinos, planejamentos, testes, adaptações, e uma entrega tão grande, que faz dele hoje, o piloto com a melhor leitura de uma corrida, e mais: de um campeonato!
É verdadeiramente impressionante o que ele é capaz de lembrar, isso crava mais ainda o quanto se preocupa com resultados e crescimento. É um atleta virtual, que postura.
Foi um ano massivo, dentro da categoria mais difícil da Reality. Seu concorrente sempre foi o “monstruoso” Gabriel Romais, que lidou com problemas sérios de conexão em algumas provas específicas, o tirando a chance de ser melhor, do contrário seria um problema ainda maior na vida de Lucas, como foi, nos momentos em que trocavam a liderança entre si constantemente.
Gabriel é fora dos patamares, anda muito, e cada corrida prova que sempre pode tirar alguma coisa dali, como por exemplo largar em penúltimo e em duas voltas ser sexto. No momento, ninguém resolve as coisas de maneira tão rápida e eficaz como ele, nem mesmo Lucas.
Foi o detalhe, foi a vírgula, foi o 99,9% de Romais, contra o 100% de Yan. Que como sempre, não deixa escapar a humildade e faz questão de colocar seu maior rival num posto mais alto que o seu. A Gabriel coube rebater todas as críticas externas que circularam a seu redor, palavras sem verdade, ou provas, e acusações que caíram por terra. Foi grande, e rebateu tudo isso na pista.
O avassalador ano de Lucas lhe dá de presente o quarto título na Reality. Feito que é raro, principalmente no F1. Não faltou nada, quem sabe só uma taça de verdade e uma garrafa de champagne.
Para o ano que vem, espera-se um Rafinha como o de hoje, um Paulus como o de hoje. Um teve o ano na média, e ele não é piloto mediano. Outro, caiu muito de rendimento. Mas ambos são valentes ao seu modo. O uruguaio com sua técnica limpa, e Irineu com seu modo impactante e forte de guiar, formaram um carnaval na pista, foi incrível. 2020 requer nova/velha postura.
Mauricio Klippel
Classificação definida pelo sistema SURPRESA:
Resultado :
Pilotos que não completaram a prova: