Record de pontos de George, 250, o máximo. Campeão com uma rodada de antecedência na categoria mais difícil da Reality XP. Evolução a cada etapa, antes daqui, e durante. Uma fase absurda que foi consolidada ao fim deste campeonato como a melhor de sua carreira como piloto virtual, até o presente momento.
Foi respondido por ele próprio a mim, que o George do começo era apenas um moleque que não sabia o que queria. Mas que foi crescendo dentro das provas e enxergando um largo potencial a ser investido. Amadurecimento é necessário para qualquer área, e na que nos diz respeito sobre George Silveira, com certeza, ele está mais pronto do que nunca para permanecer no alto nível que nos mostrou em tão pouco tempo.
Claro, o fato de ter sido campeão de maneira tão grandiosa, não tem a ver só com ele, a cabeça de David Cezar como um tremendo de um chefe de equipe, e de Rodrigo Melo como auxiliar dentro da sua comissão, foram absolutamente fundamentais, e isso é igualmente concordado entre nós dois. A força da equipe Ferrari de David se tornou exemplo de união e estratégia.
E por falar em estratégia, Vini Bianchin deixou completamente para trás, qualquer resquício de ego que pudesse interferir nos resultados. Com total consciência do nível de George, ele se encaixou como uma luva nos esquemas pensados para dentro da pista, executou muito bem, e retardou muita gente no caminho de Silveira. Deste jeito, são campeões Individuais e por equipe.
A Ferrari comandada por David e Melo vai ficar na história do Professional como o maior exemplo do que uma equipe deve fazer, como deve se portar, e principalmente: pensar em seus bastidores. A união do grupo se faz fora, e não dentro da pista.
Entre tantas equipes, algumas não conseguiram cumprir seus objetivos, que pareciam ser “fáceis” ou melhor, simples, comparando com quem seriam seus rivais diretos. Adaptações, falta de tempo, desânimo e tudo mais, são traços que precisam ficar para trás, a equipe vem sempre em primeiro lugar, esteja você em primeiro, ou último.
Weverton é um dos grandes diretores/chefes de equipe. O vencedor da primeira edição, sentiu o que nunca antes: ameaça. No melhor, e mais incrível sentido, é claro, ele viu um piloto da enormidade de Henrique ter de se contentar com a segunda posição, e isso não é um demérito nem em anos luz, - antes que tirem Jesus Cristo do lugar e substituam por mim-, muito pelo contrário. A rivalidade em pista de Holleben e Silveira foi uma das coisas mais incríveis e de alto nível que já vi. Monstros, que brigaram exaustivamente até o fim, sem trégua, quem piscasse, perdia.
O menino Renan, tem sua parcela na scuderia, seu crescimento é tão grande quanto o de Vini, a diferença é que o Ferrarista errou menos, e erra menos. Nada que tire seus méritos, que segundo Henrique só crescem a cada mês, a cada treino e competição. Isso tudo, felizmente, fica escancarado. Mais um que escala o degrau da regularidade.
A força da McLaren foi tão assustadora, que ninguém, eu disse, ninguém, esperava que Leo e Kleber pudessem colocar este carro meia boca, nas cabeças, e se tornar a terceira força, bem longe da Red Bull. Yan, o diretor dos meninos, também é menino, mas pelas palavras que ouvi dele, não será mais assim. Treino, empenho, dedicação e respeito entre os três. Como poderia não dar certo? Foram sem sombra de dúvidas os grandes destaques. Com Leo um pouco mais acima, usando a principal característica de não desistir. As pilotagens monstruosas de momentos ímpares apareceram muito por aqui, incluindo a briga fantástica com Vini nos últimos metros e então passá-lo. Despedida de gala, no Brasil.
Por fim, me dou o direito de usar a frase de Yan:
"Ir o mais fundo possível, até o fim".
Mauricio Klippel
GRUPO 1 - FERRARI, MERCEDES E RED BULL
O mais forte, não somente pelas questões dos carros, mas principalmente pelos seus pilotos. Henrique não foi menos do que no campeonato anterior, o qual foi campeão, muito pelo contrário, mas encontrou um adversário à altura e até maior naquele momento, que foi superior em 99% do campeonato. A fase de George se deve ao treino absurdo, e também a cabeça do Chefe da Ferrari, David Cezar e seu auxiliar, Rodrigo Melo, ambos fundamentais para o sucesso ferrarista. Os “segundos pilotos”, se é que podemos chamá-los assim, principalmente pelo que fizeram no campeonato, deixaram de ser apenas isso, suas posturas estratégicas foram tão grandes e as pilotagens tão consistentes, que andam em qualquer lugar. Falo do piloto da Ferrari, Vini Bianchin, e do da Mercedes, Renan Stasiak.
A união foi o ponto mais forte à equipe vermelha, não bastava apenas bons pilotos, saber colocá-los em seus lugares é também fazê-los jogar sério principalmente pelo seu time. Título individual e de construtores.
Quanto à Mercedes, de Werton, eu repito: Não fizeram menos, talvez Renan não tenha sustentado os pontos em momentos importantes, e Henrique errado 1%, o que é muito pouco, mas para adversários que não erram, resta o segundo lugar.
Sandro Oliveira e o filho Henrique formaram dupla para conduzir a Red Bull ao lugar que merece. E fizeram duas contratações de peso: Paulus e Tony Oliveira. Parece que o tiro, dado com a melhor das intenções, saiu pela culatra. Paulos foi tremendamente abaixo, sempre na parte final do grid, sem esboço de melhora. Tony, o campeão, Tony, tentou, foi mais agressivo, mas nem assim deu certo. Em termos de desempenho, e não de vontade, a Red Bull foi o vexame do campeonato.
GRUPO 2 - MCLAREN, RACING POINT E HAAS
A equipe destaque, com o piloto destaque. Yan William, chefe da McLaren, dorme tranquilo pelo desempenho acima da média de Kleber e mais acima ainda de Léo. Empurrou a Red Bull para o limbo, e tornou-se a terceira força com muitas, mas muitas sobras. Foco total.
Wesley Almeida tentou montar uma equipe de experientes, apostar alto, mas nem eles conseguiram entregar resultado maiores, Santanna não encaixou e André Silva muito menos, sustenta de um lado, cai do outro. A Racing Point tentou também ser melhor com pilotos bons, mas ainda são os pilotos do quase, ou seja: quase vencem, quase pegam pódio, quase... quase... quase. Gustavo Silva e Fernando Muniz tem capacidade de sobra, mas precisam concluir o que é começado.
GRUPO 3 - TORO ROSSO E RENAULT
Paulo Jupa inexistiu. Não apresentou nada, nem de longe daquele piloto brigador, que um dia venceu prova, talvez o problema tenha sido a própria Toro Rosso.
Aqui um enorme… enorme problema: Dois gigantescos pilotos, Arengue e Chaves, antes adversários, hoje companheiros, foram muito, mas muito insuficientes, sofreram com a Renault e não conseguiram desempenhar as pilotagens de alto nível que já vimos por aqui muitas vezes.
Destaque absoluto para Victor Roldan, o mais agudo, e mais ousado, quem de fato tentou e por alguns momentos conseguiu levar sua Toro Rosso para um lugar mais alto no grid.
GRUPO 4 - ALFA ROMEO E WILLIAMS
Leite de pedra. Foi o que tiraram os pilotos excelentes da Alfa Romeo de André Sampaio. Douglas e Ildeu. Caras que já contribuíram e ainda contribuem com as categorias que participam. Um nas cabeças e outro campeão. Fizeram algo muito grande dentro do Professional 2. Incrivelmente superiores à rival de grupo, Williams.
Williams esta, que com, Bruno Lima e Roberto Rocha, tinha uma esperança de ser algo bem melhor e maior do que na edição anterior. Rocha não foi Rocha, foi qualquer coisa, menos ele mesmo. Reclamou demais e não completou as corridas. Bruno tentou, não o vi reclamar, mas não correu a última, não sei os motivos. Desastre na Williams.
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: