Ninguém ousa a negar, George mandou soltar e mandou prender durante toda a temporada deste campeonato cujo nome está no título. Isso significa que simplesmente ou complexamente, dependendo do ponto de vista, ele fez o que quis. Com uma hegemonia bárbara, atropelou qualquer chance de algum outro piloto ser o campeão. Nem o seu grande rival dentro das pistas e também campeão, - inclusive da primeira edição-, Henrique, conseguiu.
E olha, se nem o extraordinário Holleben tomou conhecimento, então calcule o nível.
A gente ainda precisa ver Interlagos, será lá a decisão do campeonato por equipes. Importantíssimo e dificílimo também. Mas antes do Brasil, falemos mais do Japão.
O amadurecimento de Silveira é algo de se tirar o chapéu, não vemos mais aquele menino que sempre foi rápido, mas meio bobinho, meio inconsequente, e toda aquela história de quem só queria descer o sarrafo no carro. Não, não é mais assim. E ter acompanhado o quanto ele se desenvolveu e conseguiu de maneira extremamente sólida encaixar suas maiores qualidades dentro da seriedade de um campeonato, é algo incrível para os padrões da palavra “competir”. Tudo isso, deu origem a um dos melhores pilotos de A.V. do país, comentário este, que faço sem medo de ser feliz.
Respeitoso dentro do asfalto, rápido e muito regular, foram até agora quatro vitórias e um segundo lugar. Não tinha como ser para menos. E uma parcela importantíssima disso, se deve a Henrique, desde que chegou por aqui, trouxe um nível de profissionalismo invejável, antes inexistente nessa proporção. Que bom que os demais quiseram fazer igual.
O atropelo de George traz consigo um parceiro de equipe que segue estratégias como poucos. Vini é este cara. Sempre brigando lá em cima, e ajudando a segurar os demais, ele não é qualquer piloto, e junto com o diretor David Cezar, trouxeram a Ferrari das cinzas que sobraram anteriormente.
O “erro” cometido por Renan no começo da prova deixou a Mercedes meio cabreira, olhando o título de construtores com o canto do olho, mas paremos por aí um pouquinho, nada de colocar qualquer coisa sobre ele. É um pilotaço! Outro talento surgindo, e o menos culpado de qualquer coisa. Ele não é alguém que corre na sombra de um piloto, é um piloto, parceiro de outro.
Vamos até Interlagos, e damos adeus ao maior grid da história recente da Reality XP.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: