Italiano por alguns motivos: obviamente pelas duas camisas, de Juventus e Inter de Milão, e pelo fato de que Tiago Luz e Henrique Moreira são de Caxias do Sul, que nada mais é, do que colônia Italiana.
Fora isso, acabam aqui as igualdades, que em campo não puderam ser comparadas nem sequer num segundo. Nada. Dizer que apenas um time jogou, é uma figura de linguagem, uma maneira de falar, que retrata a superioridade acachapante de Tiago sobre o time sem reação de Henrique. Dois tempos sem qualquer tipo de efetividade e pouquíssimas tentativas de recuperação do time de Milão. As mudanças de esquema não ajudam, muito pelo contrário, só atrapalham, principalmente se o repertório treinado é muito pequeno.
Tiago foi para vencer, isso ficou tão nítido quanto o vidro, e que fique claro, não estou dizendo que Henrique foi com um pensamento diferente ao de ser campeão, mas não propôs nada, só se defendeu, isso quando pôde. Quer dizer, dá para sair vencedor dando balão ou esperando apenas contra-ataques? Até dá, mas somente quando o adversário pensa igual a você.
E Luz não pensou assim.
Aos trinta e três minutos, Mandzukic aparece nas costas da defesa e guarda o primeiro. Em determinado momento a posse de bola chegou a 69% à favor da Velha Senhora. É muita disparidade para dois times que disputavam uma Final. E para ser justo, mesmo com a supremacia, Tiago teve muita falta de calma, em olhar o jogo e fazer o que era certo para aquela ocasião, como por exemplo, cruzar na hora de chutar, e chutar na hora de cruzar. Também consagrou o goleiro Handanovic, caso contrário, o placar seria ainda maior do que foi.
Cinquenta e seis minutos, mais uma falha na saída de bola, segundo gol de Mandzukic. E sai daí mais uma enormidade nas falhas da atônita Inter: Icardi era o homem mais adiantado do time, e apareceu buscando bola no meio para armar, mas armar para quem? Está errado.
Em meio a incontáveis gols perdidos pela Juve, um pênalti. Convertido por Cristiano. Gol. Título importantíssimo de Tiago Luz, que mostra características evolutivas em como pensa futebol virtual, e que uma coisa não pode fugir da outra: se existe o virtual, é por conta do presencial, então para que tantas mudanças mirabolantes? Tiago fez o certo. O básico, e colocou o time para jogar. Ponto.
Mauricio Klippel