Observação importante: McLaren, carro mediano para ruim, não favorecido em Monza. Matheus Gregório, superando os limites de até onde pode ir, andando muito e elevando os padrões.
É lógico que chuva não respeita estratégia. O fenômeno da natureza pouco está se importando com quem vence, seja no presencial ou virtual, mas desde que carros disputam posições em um pedaço de asfalto, cada vez que ela chega tudo muda, eu disse TUDO. Para quem está lá dentro é um imenso abacaxi, alguns não conseguem descascar, outros fazem questão. Pensando friamente pelo lado dos pilotos, a chuva atrapalha sim. E desde que as luzes se apagaram na Itália, a estratégia falou muito alto a todo instante, palmas para os chefes das equipes, que souberam conduzir seus competidores da melhor forma possível.
Caio Santos foi outra vez constante, e até aqui mostra ser um piloto bem diferente, vem aos poucos provando o que pode fazer guiando um carro como a Mercedes. Liderou boa parte da corrida, e acabou vendo seu parceiro Fernando ficar para trás, não é bom o início de Schreiber na briga pelo título, que é uma obrigação disputar, vencer não, mas brigar por ele, sim. Num determinado momento, antes da chuva as coisas iam bem para os lados de Caio, as ultrapassagens estavam saindo e ele acabou se livrando de uma pancada, única, e puramente no reflexo. É uma evolução e tanto.
As Ferraris comandadas por Rafael Chaves, vem com dois pilotos que aos meus olhos são e não são apostas. São, porque poucas foram as vezes que tiveram boas oportunidades, mas também já nos deram alguns indicativos de que podem ir bem longe, e não são, pelo fato de estarem aí já tem um tempo, e nem só de carros bons vive um piloto, ser regular, é isso o que falta. E no entanto tudo se estava se encaminhando para uma generosa vitória Ferrarista, com paradas pensadas para os dois pilotos, que vindo de trás abrindo posições chegariam fácil a frente, seguindo a deixa de Caio nos boxes. Foi o que aconteceu. Mercedes longe, Red Bull encarcerada e os vermelhos por cima.
Mas… choveu, e muito. E aqueles que comiam pelas beiras foram os que levaram a panela. A Red Bull antecipou a troca dos pneus intermediários, deu o pulo do gato com todas as formas da expressão e contou com a eficácia do talento de Pedro Afonso para brigar com força, e passar, vitória expressiva, e muito valiosa, mostrando que a F1 é tão imprevisível que só nos resta projetar. João Renato foi quem protagonizou a melhor briga da prova junto a Caio Santos, Monza e chuva é sinônimo de tensão e técnica. Estratégias, apurações, previsão do tempo, Mercedes a frente, Ferrari com a dobradinha na mão, mas a chuva não respeita estratégia, e desta vez preferiu a Red Bull.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: