Antes da corrida começar, se alguém me perguntasse quem venceria, eu com certeza teria dito, Tony, simples, pelas provas recentes executadas da melhor maneira possível, pela fase impressionante que vive e claro, pela capacidade de recuperação rápida. Mas também teria dito que depois de tantos perrengues dentro da pista, passando um por um dos passos dos quais planejou, Ricardo não poderia ter uma chance melhor para consolidar suas pilotagens e ainda por cima, vencer. Até hoje em dois anos, a única boca que disse: “um passo de cada vez”, e, “buscar pequenas metas até evoluir” foi a dele. A evolução aconteceu desde o início, etapa após etapa, e com uma paciência mais do que necessária, e acredite, a vitória de Ricardo Vargas chegou, veio na Bélgica, abaixo de pancada.
O susto causado por erros poderia ter acabado com as chances de subir no pódio, mas tem dias que as coisas tendem a virar para o nosso lado, a Ferrari é sim a melhor opção, muito melhor para esta pista do que a própria Mercedes, e não haveriam desculpas suficientes se tivesse abandonado de maneira imatura. Pois bem, logo após a 3ª volta as coisas alinharam-se, e ao seu jeito de pilotar, levando o carro além da zebra, rodando, perdendo traseira e muito mais na raça do que na técnica, ele conseguiu se manter firme até o cruzar da bandeira quadriculada. Era questão de tempo e de oportunidade. O título é algo improvável, não para ele, lógico, mas como eu sempre reafirmo aqui, vitórias esporádicas servem apenas como consolo, entretanto, só bons resultados de forma regular te levam para um propósito maior.
Valeu o esforço, valeu a excelente pilotagem, que pelo que sei, ele também sabe que precisa melhorar. Com isso tudo, as coisas não mexeram muito, líder e vice ainda são os mesmos, Weverton não correu e Tony provou outra vez que seja lá qual for o carro que lhe derem, ele faz por onde, de 19º para 5º de Alfa Romeo, pontos mais do que importantes que o fazem ser cada vez mais líder. Inclusive, voltando a falar em evolução, Schreiber fez uma prova praticamente irreparável, e não pela 9ª posição, mas pela determinação, o que briga dentro da pista é brincadeira, e junto com Alex Conceição, que vinha também numa crescente maravilhosa na prova antes do infeliz abandono, foram protagonistas de ultrapassagens duplas, lindas!
As cadeiras foram mexidas na Bélgica, e quando se invertem, é de uma só vez, os pontas ficam para trás e os de trás vem para a ponta. Marcelo Luzia em 2º, e Leo Fernandes em 3º. Leo anda muito mais a frente do que Marcelo, mas a oportunidade foi dada, e não decepcionaram de Mercedes. A ideia é de que continuassem assim, mas sabemos que é bastante difícil, pelo menos neste momento, manter o nível com carros ruins. O único adendo fica para Tiago Luz, o que está faltando para consolidar as boas pilotagens em boas posições?
Bem, Ricardo vence pela primeira vez, GRANDE PILOTO, QUE VAI FICAR COM A GENTE, ESTÁ DE PARABÉNS! Entendedores entenderão a referência, NÃO É VERDADE?
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: