parallax background

Um erro, e adeus ao título

Zerou a Reality
Agosto 1, 2019
SALA DE ENTREVISTA AGORA TEM NOME!
Agosto 4, 2019
 

 

João Antunes como sempre, começa exatamente do mesmo jeito: marcação alta, saídas de bola muito rápidas e uma pressão amedrontadora, sem contar a infinidade de gols que perde, principalmente em frente ao goleiro. Muitas vezes faz o mais difícil e peca no mais simples, se João convertesse todos os gols que erra, golearia qualquer um em menos de cinco minutos, seria ‘’caixão fechado’’ antes da metade do primeiro tempo, mas, mesmo assim a grande maioria de seus adversários não tenta nada de diferente, preferem dar a bola a ele e esperar uma brecha para contra-atacar, o que às vezes nem sequer acontece. Assustá-lo como ele assusta, ponto, foi assim que aconteceu nas vezes que perdeu.

As disposições em campo são bem claras, e o time mexicano carrega em Jesus Corona o seu articulador, homem agudo, e em Raul o grandalhão que põe a bola para dentro, e sim, tudo isso funciona como um relógio suíço nas mãos de Antunes. Mas a de ressaltar, a Venezuela não foi covarde, Daniel Fernando é um player muito qualificado, e que mesmo tomando muita pressão e não conseguindo jogar no primeiro tempo, deixou nítido no segundo que é do tipo paciente, sabe encontrar brechas. A seleção venezuelana é desprovida de peças, fraca mesmo, Rondón é mais temível por ali, só que precisa de bola perto, precisa ser acionado para jogar.

Foram muitos os erros de passe de Daniel, bolas aéreas então, todas de João. Numa tabela de calcanhar dentro da área entre os dois melhores mexicanos já citados, sai o gol, e como a sorte vem a cavalo, três minutos depois, o empate, voleio que bate no tal Rondón, 1 a 1. Os ânimos de Daniel ficaram melhores, foi para cima, tentou várias vezes e segurou muitas outras com o zagueiro Osório. O papel de prender João começava a dar certo, a afobação e ansiedade não são pontos positivos do multicampeão e isso acendeu a Daniel, que com o pouco material humano ainda conseguiu levar ao gol de ouro.

Até então tudo no script, ele conseguiu evoluir dentro do jogo, deixou o sofrimento de lado e já ameaçava o México, mas… e este mas, tem um peso enorme, acontece uma falha inadmissível a um treinador do hardcore, é difícil, sim! Mas recuar para o goleiro na pressão e ainda sair de carrinho, não dá. Bola tomada, drible e um gol amargo, era uma vez um título que mesmo com todas as dificuldades já era bem possível. Quanto a isso não se fala mais nada. João, campeão da Copa América.


 
RS_CopaAMERICA_FIFA_93

 

Mauricio Klippel

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *