Tony Oliveira está se acostumando novamente a vencer, embalado pelos excelentes resultados recentes as coisas estão entrando num outro rumo, e se um dia por descuido andou mal e teve resultados esquecíveis, agora, a mentalidade é apenas de que é líder e fez por merecer estar em tal posição. A Alemanha marcou o encerramento da primeira metade do campeonato em todas as categorias, e o F1 2019 se aproxima mais do que nunca também, dos pilotos do PS4 PRO, e pelo que vem mostrando, Tony não terá dificuldades em manter o ritmo forte para a Hungria. Foi uma verdadeira aula, algo que acontece quase sempre quando vence. Larga muito bem, e quando assume a ponta ninguém mais consegue se aproximar, no caso de hoje, foi Pole, então já daria para projetar algo bem sólido de sua parte.
O retrospecto é muito bom, muito mesmo. Tirando Azerbaijão e França, todas as outras provas foram extremamente regulares, 1º na Austrália, 2º no Bahrain, 3º na China, 2º na Espanha, 2º em Mônaco, 1º na Áustria, 3º em Silverstone e agora 1° na Alemanha. Colocando na balança até aqui, parece que os erros anteriores foram apenas um desencontro no meio do percurso, claro, ainda há muito o que fazer, e de nada adiantará se não manter isso tudo a partir da Hungria, mas é fato, a perícia impressiona, limpo e rápido, exige-se mais o que de alguém assim? Ser campeão não depende de mim, só dele. Se piscar, tudo cai por terra.
E se por um acaso, ou outros erros de percurso acontecerem, ele abre caminho para um dos melhores pilotos da categoria no momento, (passando Alex Conceição, o que não é algo fácil) Weverton Cunha é sem qualquer dúvida quem mais evoluiu, e não é pouco, é evolução com ganhos, não é esporádico e muito menos na sorte, os resultados estão chegando porque a dedicação é sua aliada no momento. São 71 pontos de diferença para Tony, algo completamente possível, difícil, é claro, mas o que precisa fazer é muito simples: mantenha a corda esticada, vitórias exigem sacrifícios, e num campo de pilotos tão bons, não se pode baixar a guarda. Largando em 15º conseguiu chegar em 2º, estão aí os resultados para qualquer um ver, e o Tio Mauricio é que é o chato por cobrar demais os “pequenos pilotos”.
Fernando e Alex, Alex e Fernando. Um acabou chegando no outro. As dedicações me parecem ser as mesmas, mas a sorte, porém, não. Constante como sempre, Conceição precisa reencontrar o pódio e as vitórias estão ficando longe, e o tal de Schreiber é chato que dói na alma, piloto muito bom e incomodativo, do tipo que vai para cima mesmo, e num todo, ambos fecharam a Alemanha andando muito. Um cresce, outro permanece. Alex deveria continuar crescendo, se dedica eu sei, mas é minha função querer mais dele.
Me permito estender-me um pouco para elogiar o Fair Play de Fernando para com Weverton, e puxar as orelhas de Claudio dando ré no meio da pista sem ver quem vinha atrás. Foi descuido é claro, mas não pode se repetir. Sem mais, é melhor não arrumar confusão por coisas tão básicas.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: