Pelo estilo de pista que temos em Red Bull Ring, não imaginaria que disputas tão firmes e longas pudessem acontecer, ainda mais tendo como base a queda de nível que vem sofrendo o hardcore nas últimas etapas. Tudo meio travado, Gabriel Romais numa fase espetacular, o que o deixa na ponta do campeonato com folgas, e alguns pilotos um tanto quanto acomodados em suas posições gerais, não me parecia o momento ideal para uma retomada de alto nível. Lá atrás, eu disse que do jeito que as coisas estavam, Lucas Yan seria o único com poder de fogo para fazer frente a Romais, isso tudo por conta dos campeonatos que já venceu e por sempre fazer provas muito consistentes, além do mais, não é sua culpa a fase do rival ser bem melhor que a sua. O grande acontecimento que chega para mudar meus pensamentos é o leilão, a compra foi acertadíssima para quem quer, e deve encostar no líder, Romais de Toro Rosso, e Yan de Mercedes, classificação curta, e a pole que chega até a flecha prateada. Bom, as coisas agora são outras, tudo muda drasticamente e a hora de voltar a vencer bate na porta.
Não existiram chances à Gabriel desta vez. Com problemas no volante e um carro muito aquém, parecia que nada seguraria a vitória que muito se escondeu de Lucas, e não só parecia, como foi quase impedida pela absurda corrida feita por Luiz Ramone, foram voltas, voltas e mais voltas de uma briga que entra para a história da Reality como uma das maiores! A Ferrari se mostra melhor que a Mercedes em pequenos aspectos, que foram externados por Ramone a cada ultrapassagem que fazia e como retomava o vácuo quando Lucas o mandava para trás. A melhor corrida de Luiz, sem dúvida alguma, sangue nos olhos e uma vontade de vencer que me faz voltar ao passado recente e dizer: Isso sim é hardcore! Aliás, Ramone só alivia a diferença apertada para o primeiro quando comete um erro, que a título de vitória foi fatal. Assim como eles, Paulus brigou até o fim também de Mercedes, o 3º lugar foi o que restou, mas poderia ter sido mais, impecável nas punições ele escorrega nos instantes finais e toma um Stop and Go, cinco segundos valiosíssimos para encostar em Ramone que tinha abusado dos pênaltis. A inversão de compostos para pegar os primeiros de surpresa não deu certo, então levar o carro em segurança e somar ótimos pontos era primordial.
Dois pilotos entre tantos destaques foram pouco citados, no entanto o dever foi bem cumprido. Fábio Quadrado de Renault em 6º e Bruno Lima de McLaren em 4º, e são destaques porque fizeram uma prova muito boa, muito além do que seus carros poderiam chegar, aí cabe a experiência e a tarimba, pontos mais do que positivos dos pilotos da velha guarda. É parece que voltamos com um campeonato à altura da categoria, as chances de título estão abertas e pelo visto vão esquentar.
Mauricio Klippel
Carros e posições escolhidos através de LEILÃO.
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: