Que caia a língua de quem ousar falar mal do grandioso GP do Azerbaijão. Temos nele tudo o que podemos esperar de uma corrida de F1, e quando digo todos, quero dizer: TODOS. Poucos pilotos tem conseguido terminar esse circuito de rua e de alta, que é tão ‘’ingrato’’ na grande maioria das vezes. Ingrato pelo simples fato de ter armadilhas conhecidas e mesmo assim pontuais para se cair nelas. Mas se são conhecidas porque ainda são pontuais e os pilotos caem nelas? Bom, este circuito exige muito, exige o extremo físico e principalmente psicológico, pilotos técnicos tendem a se dar melhor por aqui, porém não é uma regra que eles venham a vencer ou escapar da areia movediça de Baku. O campeonato está absurdamente equilibrado, ficou, por conta do resultado de hoje. André Sampaio veio com aquele oportunismo de quem briga pelo pódio e também com a estratégia na ponta do lápis, aí, o que aconteceu depois não tem nada a ver com ele.
Mais uma vez o grid terminou esfacelado, somente nove entre vinte terminaram a prova, ainda mais quando um dos elementos menos esperados nesta pista deu as caras, a chuva. Terror e tensão, correria para os boxes e o festival do sabonete no asfalto. Aqui, é preciso ter calma redobrada e esperar para fazer uma largada limpa, ser frio, alguém vai errar e se não, sempre há onde ultrapassar, o fio da navalha é o limite, limite este que levou Alex Conceição cometer um erro, Na famosa subida do castelo ele atrasa a volta para os boxes e o pneu de chuva trai o que seria uma vitória certa. Com uma grande pilotagem desde o começo, ele estava firme e muito cuidadoso na tocada, seria a chance clara de colocar a Mercedes no pódio, inclusive, Alex é um dos pilotos técnicos que havia mencionado, por isso não gosto nem de imaginar a frustração de ir do céu ao inferno em segundos. Depende só dele reparar o prejuízo, é um dos favoritos e nem de longe o que aconteceu desmerece a grande prova que fez, e claro, não coloco isso na conta da falta de atenção, mas ao atraso na hora de trocar.
Weverton Cunha foi o 2ºcolocado, Marcio Henrique, Maikel Pablo e Ricardo Vargas fecham os cinco primeiros. Todos merecedores de suas posições e tirando a Ferrari de André, os demais estavam com carros de meio de pelotão, a zica da Mercedes continua e a Ferrari ainda está capenga. Nesse bolo todo Ricardo Vargas me surpreendeu outra vez de duas formas: Largou em penúltimo e chegou em 5°!! Ótimo não? Talvez, se ele não tivesse errado na estratégia outra vez (surpresa), pneu slick no seco Ricardo? Enfim, poderia ter vindo um pódio. Mas, a vitória estratégica em usar compostos roxos de André o coloca na disputa, e embola ainda mais tudo isso, e claro, da primeira vitória em diante uma palavra só importa: CONSISTÊNCIA.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: