Baku, Azerbaijão. Local onde desde 2016 acontece uma prova de F1. Um circuito espetacular, por conta da tecnologia misturada ao medieval da cidade e também pela parte principal, a pista. Quando se é espectador não existe lugar para maior tensão, quando se é piloto isso acaba dobrando. Eu gosto de chamá-lo de ‘’suicida’’. Tem retas longas e muito rápidas como Montreal e é tão estreito e cheio de ruas como seu irmão de rua Mônaco. Aqui se pode tudo, inclusive abandonar precocemente. O treino em Baku deve ser a exaustão, e a atenção triplicada numa prova 100% como a disputada no Hardcore. Os pilotos foram aos lances no leilão, e tudo indicava que teríamos brigas violentas (no bom sentido) tendo em vista os carros e os pilotos que assim se apresentaram. Na qualificação as coisas ficaram ainda melhores, quatro pilotos brigando pela Pole, três deles tentando combater o excelente Gabriel Romais que vinha de Mercedes e pronto para ser o homem da noite. Fábio quadrado de Ferrari, Lucas Yan também e Lucas Araújo fazendo a dupla com Romais.
Um tempo sobre o outro, e no fim as coisas ficaram mesmo entre as Mercedes, e quando tudo parecia estar decidido, Lucas derruba o tempo baixíssimo de Gabriel, a ponta era sua, mas ainda teria que se provar no asfalto. Cansei de falar sobre a largada, sobre ser uma pista a ser vista de longe, ter cautela e brigar na estratégia. Muitos enroscos aconteceram, bicos voaram e Gabriel assume com competência de sobra a frente, toques entre si, erros nos tempos de freadas e as grandes acabaram indo para o fundo, é triste ver pilotos de ponta tendo que recuperar posições, e claro, a subtração dos carros na pista começa. Me parece que muitos querem passar na marra, eles até parecem iniciantes, é inadmissível que não conheçam os espaços das pistas e nem os pontos corretos para passar. Corridas são jogadas no lixo assim.
Gabriel Romais é um monstro pilotando, é inegável, e mais uma vez mostrou que não veio passear no parquinho. Fez tudo o que mandava o figurino e venceu com sobras, com competência e ‘’falta de sorte’’ dos outros. Quadrado, Lucas Araújo e Lucas Yan foram os nomes a tentar chegar em Romais, só Yan ‘’conseguiu’’, e veio numa 2º posição muito atrás, porque os demais acabaram fazendo parte do grupo de vítimas do Azerbaijão. Além disso tudo, o grande destaque foi David Hunt, que no começo de Toro Rosso aproveita as trapalhadas dos primeiros e avança, depois disso se segurar no 3º lugar foi coisa de gente grande, principalmente segurando uma Ferrari na sua cola. O que ele necessita é realmente se manter constante, sem oscilações bruscas de desempenho. Nos despedimos de Rafinha com uma atuação tão grande quanto suas pilotagens de 2018, de Williams veio o 4º lugar, porém sua prioridade agora é outra. É isso, nove carros na pista e o circuito assassino atacando novamente.
Mauricio Klippel
Classificação:
ELTON PEDROSO NÃO PARTICIPOU DA PROVA.
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: