Em dois anos de Reality XP me dou ao luxo de falar com propriedade que já vi muitas pilotagens de ponta, ultrapassagens de arrepiar e vitórias maiúsculas de ponta a ponta. Os pilotos envolvidos naquelas ocasiões, pelo menos a grande maioria, foram ou são sempre constantes, alguma ou outra vez vimos apenas aquele desempenho isolado e nada mais. O que quero dizer com isso é que o talento da enorme maioria faz com que tirem de algum lugar performances dignas de aplausos, e se você prestou bem atenção no título e linha de apoio então já percebeu que Leonardo Mateus não brincou em nenhum momento no circuito de Xangai, a proposta era ir para cima e assim ele o fez. O melhor disso tudo foi que largou em 11º com uma Haas, que é sim um bom carro, mas não se equipara a uma Mercedes da vida, e venceu a prova. E indo muito além, ao final da primeira prova já era 3º, e na 5º já estava na ponta. Impressionante, único piloto a conseguir este feito em dois anos de grid em diversas categorias. Record pessoal praticamente impossível de bater.
O modo como ele encarou seus adversários na hora de passá-los foi como não estivesse vendo ninguém, acelerou como manda o script e simplesmente foi embora, faca entre os dentes, e vontade de vencer. Fora a largada sensacional, reparando nas brigas ele passou brincando uma Ferrari e uma Williams, ok, Williams, porém o seu condutor não larga do osso. As estratégias foram também ao pé da letra, tempo de diferença suficientes para voltar em 4º, ação na pista muito maior que as dos demais, e mais ultrapassagens de manual. Um resumo para tudo isso é: CHEGUEI. Falcon era o dono da Ferrari mais rápida da noite, e mesmo andando muito bem, não conseguiu combater Leo. Aquele que ‘’não larga do osso’’ é George Silveira, por um lado azarão por ter pego a Williams duas vezes, por outro competentíssimo por tirar posições astronômicas com ela, entende porque uns são mesmo diferente de outros?
Nem Rafael Chaves, nem Thiago Arengue, nem Douglas Kdog, mesmo andando de forma consistente a prova inteira, não era o dia deles, o pódio não chamaria seus nomes hoje. É necessário ver mais de alguns para ter mais precisão em sua forma de guiar, como Kléber Tupeti, o 3º colocado de Force India. Pés no chão, ainda há muito o que analisar, aos poucos separamos uns de outros. Em relação os que andaram de Mercedes, bom, melhor não comentar.
Mauricio Klippel
Classificação:
PEDRO KUROVISKI NÃO PARTICIPOU DA PROVA.
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: