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Depois de um hiato de nove provas, Thales aproveita bem todos os fatores que estavam a seu favor e volta a vencer no campeonato

Aliás, estávamos indo para uma das piores pistas do calendário, e não é nem um pouco de exagero, uma vez que a grande maioria dos pilotos detesta esse circuito. Além do seu desenho antiquado, que não evoluiu com o tempo de mudanças da F1, ainda é travado, cheio de curvas enjoadas de fazer e ainda por cima os pontos de ultrapassagens são quase inexistentes. Levando em conta todos esses fatores ainda somamos o desgaste alto de pneus devido ao ''acelera e freia'' demasiado e em tomadas de tempo curtas, e o desgaste de setenta voltas que parecem não ter mais fim. Felizmente por aqui as coisas foram interessantes e conseguimos presenciar um belo espetáculo. Com carros adquiridos por sorteio e desempenho realista Thales foi quem agradeceu.


 
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Eles deixaram de lado seus carros habituais para correr com Fórmulas diferentes e com desempenho realista, o que de fato muda bastante, é preciso se adaptar. Com os dois melhores pilotos do grid andando com carros ''meia boca'' os outros teriam chances de voltar a andar na frente. O melhor desses casos foi o de Gerson, que foi eleito como o melhor piloto da prova, andando de Ferrari ele brigou pela pole o tempo todo, teve problemas na largada por conta de uma confusão com seus pneus, voltou em décimo terceiro, brigou com todo mundo, inclusive segurando seu carro por mais de trinta voltas com pneu amarelo a frente de Thiago Mambretti. Andou um verdadeiro absurdo e colocou sua vermelhinha no terceiro lugar do pódio, simplesmente espetacular. Competitividade limpa aliada com uma vontade de vencer, nem que fosse vencer seus próprios resultados.


 
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Desde o GP da Austrália que Thales não vencia, e não é de todo culpa sua, Francisco e Rodrigo tem andado muito, e o primeiro acumula tantos pontos que nem ele mais lembra. O fato é que andando de Mercedes numa pista travada como essa, a vitória só dependia dele mesmo. Deixando que Rodrigo de Haas e Francisco de Renault se entendessem atrás, tanto que buscar certos tempos com esses carros foi impossível, e como Francisco mesmo disse, era andar bem e levar o carro para casa, Rodrigo ainda conseguiu chegar no pódio. Mas voltando ao vencedor, este foi perfeito, impecável na sua tocada, aproveitou a firmeza do carro, foi preciso nas trocas de compostos e avaliou muito bem suas horas de parar. Na Hungria ele quebra seu jejum da melhor maneira possível.


 
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Thiago Mambretti chegou em quarto, também de Mercedes ele infernizou o que pode Gerson, não capotou nada dessa vez e fez uma bela de uma prova, diga-se de passagem que sua torcida particular foi determinante. Fernando Muniz e Fred Patrício, que briga esses dois fizeram na parte do meio do grid, ''x'' daqui, ''x'' dali, um andando na cola do outro, trocando várias vezes de posição, e tudo isso da forma mais técnica e limpa possível, coisa de quem tem visão, se treinarem mais vão incomodar muita gente. O grid do cem por cento é muito consistente e o mais forte de todos, aqui vemos de tudo, principalmente evolução. Thales disse que foi sua obrigação vencer de Mercedes, por conta do equilíbrio do carro, eu digo que foi competência, só carro não adianta nada. Só o que ele precisa saber é que não tem mais nove etapas para voltar a vencer.

Mauricio Klippel

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