A pista da Áustria não está dentro do padrão de preferência dos pilotos, seja num âmbito real ou virtual, que é o que nos deparamos por aqui. Porém, ainda possibilita boas brigas e claro, ultrapassagens. O campeonato dos carros clássicos está ficando cada vez mais afunilado, restam apenas duas provas: Silverstone e Suzuka, Rodrigo Trindade segue líder, e o menino Rafinha logo na segunda colocação. Não desfazendo os demais, mas não acredito que apareça agora alguém mais capaz que Rafael Irineu para combater e tirar a taça de Rodrigo.
Uma coisa puxa a outra, e basta que olhemos a corrida de hoje. Rodrigo é tático, e sabe pilotar, analisa como poucos. Líder. Rafinha é muito rápido e evoluiu muito no decorrer do campeonato. Tranquilo. Hoje o fator tático pesou, e claro, tivemos sim uma corrida bem disputada, ainda que os vários abandonos tenham sido um fator negativo. O carro que levou a Ferrari ao título em 2007 é rápido, mas sofre muito com o ar sujo que encontra quando procura o vácuo de ultrapassagem, é duro, e foi nítido as perdas de traseira, dianteira, as saídas ‘’embarrigadas’’ e a falta de controle para se manter na pista.
Por conta disso tudo, a inconstância de muitos se torna a força de outros. Quem pensa em tirar o campeonato de Rodrigo? Bom, precisa torcer para que erre tudo a partir de agora, e então acertar tudo a partir de então. Rafinha pode, pilotou muito nesta noite, algo que nos fez cravar os olhos na briga entre 1º e 2 º. Foi difícil para que Rodrigo chegasse no menino, colocar o carro de lado então, quase impossível, justamente pelo ‘’defeito’’ do carro, uma briga de gato e rato ganhou muita força.
Nas trocas de pneus, algo não muito comum no 50%, Rodrigo a fez primeiro, nos boxes ele avança, e a inversão acontece. Uma aula de ataque e defesa, foram mais de 18 voltas de pressão intensa, de trocas de misturas de combustível e um sufoco aplicado por Rafinha. Foi difícil, suado, mas as coisas ainda podem se inverter como hoje. Seguimos para a terra da Rainha.
Mauricio Klippel