É, realmente eles tinham nas mãos o diabo. Um carro quase indomável, uma Ferrari com o vermelho mais vivo de todos, o F2004M foi o grande anfitrião desta noite de corrida com os carros clássicos, um motor V10 de pura potência que teve como destaque no ano que dá nome ao carro Michael Schumacher e Rubens Barrichello, quantas e quantas memórias desta dupla nós tivemos, algumas boas e outras ruins, e diga-se de passagem hoje não foi nem um pouco diferente, alguns dos pilotos tiveram seus nomes gravados na história da liga, seja no modo bom , ou ruim. A verdade, bom, tivemos uma corrida sensacional.
Conversávamos muito antes da prova, e muita coisa seria determinante aqui, primeiro: Baku é uma pista muito veloz e só tem quatro anos de F1, com os carros normais já é difícil, retas desafiadoras, muitos pontos de ultrapassagens, curvas de grampo e muros ...muitos muros. Então imagine você pilotar uma Ferrari tão agressiva numa pista assim, é preciso um tanto de coragem, e isso eles tem de sobra, mas outro ponto bem importante destacado e chamado muitas vezes atenção por mim cada vez em que fui chamado, era a calma, a tranquilidade e a observação da corrida como um todo, eles estavam nadando sobre o barbante amarrado de ponta a ponta numa ribanceira, ou seja, errou, já era. Temos sim que exaltar a corrida da grande maioria, que chegaram nos seus limites, e com certeza aprenderam e muito guiando esta nave, mas ainda há muito o que evoluir para alguns.
Estes carros não são municiados com asa móvel, teria que ser no braço mesmo, sua aerodinâmica fica num meio termo, nem tão cheia e nem tão lisa, o que dificulta ainda mais, isso significa que as posições numa pista assim chegariam naturalmente, era só esperar o tempo certo, faltou malandragem, de colocar o carro na hora certa, e andar sem pressão, muitos iriam errar, e erraram, praticamente todos os que tocaram no muro e tiveram a parte do desenho do carro alteradas não encerraram a corrida, ou seja fica praticamente inguiável, é muita velocidade para falta de aparatos aerodinâmicos. muitos pilotos que vinham muito bem como JVC e Rander, e principalmente JVC que ganhou dez posições, não poderiam ter deixado escapar. Rafinha, a o Rafinha, rápido mas imprudente e ansioso, é menino mas precisa criar uma casca desde já, se quiser alçar vôos maiores, aqui eles correram sozinhos mas num jogo de equipe tantos erros não serão perdoados. Principalmente quando batem sem ninguém ao redor, aqui era muita velocidade, então a grande maioria perdeu de pontuar.
Fernando, o oportunista que sabe guiar, veio comendo quieto, tirando boas voltas, apostando na sua estratégia de não parar e claro, foi perito, terminou com o carro inteiro, segurando até o fim sem sequer dar chances do segundo colocado chegar perto, espetáculo de corrida e fim dos 4ºs lugares para ele, já estava na hora né. Rodrigo e Diego, dois players experientes, ótimos pilotos, Rodrigo tinha a pole, caiu lá para o fim do pelotão depois de bater, mesmo assim mostrou que tinha força para recuperar o subir no pódio, os três ''inteiros'' chegaram lá.
O único que colocou o nome Barrichello no grid foi premiado, Fernando até disse que foi uma homenagem ao amigo que não gosta do piloto, este nome tem história e mesmo terminando a corrida com seis pilotos no grid, ele não tem nada a ver com isso e sua parte está feita por enquanto.
Olha ái Rubinho! Fernando é vencedor!
Mauricio Klippel