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Como se fossem apenas um

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Começando com o pé direito e lá no fundo, Rodrigo Trindade e Fábio Bispo mostraram do que a Red Bull é capaz

Com toda a certeza um dos melhores carros que já vimos correr na categoria, e tido como um dos mais bem projetados, o RED BULL RB6 foi apresentado para a temporada de 2010, e colocado nas mãos de Sebastian Vettel e Merk Webber. Absuradamente rápido e dotado de um motor Renault V8, o seu som era agressivo e nos faz lembrar com saudosismo daquela sonoridade que não temos mais nos dias de hoje, e claro, este foi o carro responsável por dar o primeiro título mundial ao alemão.

Aqui não seria diferente, levando em consideração a paixão dos pilotos e o conhecimento dos mesmos sobre estas grandes máquinas de diferentes gerações, nada daria errado, carros estes que chamamos aqui de clássicos. Numa pista tão enjoada como é a do Bahrein é preciso ter paciência, mas como trabalhar este ponto tendo nas mãos um foguete, e sendo esta uma prova mais curta?, ora, com o perdão da minha própria contradição: forçando erros e errando menos, e porque não, contar um pouco de sorte também. Com motores absolutamnete iguais as diferenças de intervalo entre sí seriam quase inexistentes, e conhecer a pista e o carro trariam um bom resultado, ou seja, o mínimo erro custaria caro. Franciso que anda muito bem teve problemas de conecção e abandonou na 6° volta, Rander, Diego, Fernando sempre fazem boas corridas, anadam limpo e mantem suas posições, sendo bem difícil tira-las.


 
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E como era de se esperar foi uma corrida limpa, mas porém cheia de ultrapassagens, como gostamos de ver. Mas meus destaques especiais vão para dois pilotos que hoje o mereceram mais do que qualquer outro pelo seu desempenho e por conhecerem seu carro se tornando parte dele, como se fossem um só. Falo de Rodrigo Trindade, que largou na pole, foi cirúrgico e assumiu de ponta a ponta sem deixar vestígios, foi uma pilotagem excelente, acima da média e baixando tempo volta após volta chegando a cravar absurdos, 1min30s, foi digna de Vettel. Já o experinete Fábio, que sabe como poucos conduzir, chegou a ganhar 13 posições, todas contadas por mim uma a uma, recuperação com maestria, sendo o último a parar voltou em 7º , o obrigando a segurar Diego o tempo todo, e aos poucos Fernando foi sumindo do seu radar, mas nem por isso deixou a pressão tomar conta, dentro de um traçado defensivo espetácular fechou a porta e disse: HOJE NÃO!!. E de fato, não foi, Diego só chegou a frente por conta do desconto de uma punição.

Diga-se de passagem, os clássicos chegaram com tudo. E não tem brincadeira, a corrida foi 50%, mas o pé é 100% no fundo.

Mauricio Klippel

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