MUNDIAL F1 PROFESSIONAL FÊNIX - ETAPA 14 - GRANDE PRÊMIO DO JAPÃO - SEASON 02
O incansável Matheus Leão
Já venceu uma pá de Grandes Prêmios, tem idade para ser filho de muitos pilotos que pela Reality correm, é sem sombra de dúvidas o grande nome de 2021 entre tudo o que por aqui é promovido relacionado a F1, é um favorito exponencial e um aspirante a taça entre os melhores dos melhores, sem contar as aulas (no bom sentido) que tem dado aos campeões de todas as categorias não só na pista, mas também fora delas. Amigos, desculpem, mas não é exagero, são apenas os fatos decorrentes de um ano em que um menino que tem pouco mais de 15 anos grandifica tudo o que faz.
Matheus Leão é incansável. Lógico, é guri, é novo para caramba e comete erros! Bom, se até esses dinossauros de pista cometem, porque ele não cometeria? Inclusive, a título de comparação, erra muito menos que eles.
O campeonato de Matheus é contra as Mercedes de Léo e Roldan, são dois campeões de nível altíssimo defendendo tudo o que podem para não deixar que o menino prodígio levante o caneco no fim do ano. E vejam só, eles fazem realmente de tudo, acertam muitas vezes, sim, ambos já venceram e Mautes parece ter retomado o tino de multi-campeão, porém, Leão tem os pés no chão, ele analisa, observa, tomas suas decisões com muita consciência e retoma o padrão alto na prova seguinte, ou na mesma, como aconteceu novamente, agora em Suzuka.
Pole Position de Leo, Roldan afinado como sempre, e o estrategista Matheus na cola dos dois, esperando, e tendo a paciência necessária para corrigir a falha que o fez rodar sozinho e cair para a 11ª posição, quase que o mesmo caso da prova passada. E era óbvio que buscaria posição por posição, afinal, não existem limites para este tipo de piloto a não ser os que estão nas regras. O Safety Car volta a ajudar, a emparelhar, mas não foi só um, três, ao longo da corrida, que no fim das contas não mexeram em muita coisa a não ser deixar o trio de ouro mais perto.
A capacidade que estes três têm de fazer brigas limpas e ao mesmo tempo acirradas, foi presenciada mais uma vez, no Japão. A alternância de posição entre eles, a técnica apurada, o jogo perene da Mercedes buscando a todo tempo anular as investidas de Leão é maravilhoso, Roldan é um parceiro tão bom para Leo, quanto Kleber já foi um dia. E tamanha é a rivalidade, que na volta 45, só Roldan não tinha punição, Leão e Mautes somavam 3s cada, ou seja, com eles tão perto, tudo poderia acontecer.
Leão precisava abrir 3s, Mautes tentando atacar Leão de maneira ininterrupta, e Roldan tentando ficar o mais próximo possível, três cenários diferentes em pouquíssimas voltas. E olhem só, no limite do limite Matheus conseguiu o que parecia até improvável: abrir a distância necessária de maneira absurda, 0,069, este foi o tempo entre ele e Roldan na bandeirada final.
E só conseguiu porque era ele. Com todo respeito, a fase é extraordinária e os coelhos que o rapaz tem na cartola são de raça. Corrigir os erros dentro da própria prova, escalar o grid, ficar de frente para os dois nomes da Mercedes, e ainda vencer como venceu…
Enfim, é incansável, mesmo.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel