MUNDIAL F2 PROFESSIONAL ORION - ETAPA 11 (CORRIDA PRINCIPAL E SPRINT) - GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA - SEASON 02
15 milésimos de Sobrevida e solidez
Há quem diga que o título do campeonato já tem dono, há quem diga também que é possível este provável dono ainda perdê-lo. Bom, sobre Tiago Luz ser esse tal “dono”, eu não discordo em nada, a pontuação acumulada por ele é muito alta e as performances em 90% do tempo são ótimas. Já sobre a outra hipótese, sim, ele pode ainda perder esse título, possível é, mais pouco provável, já que seus adversários diretos já nem são tão diretos assim. Todos são pilotos de qualidade, mas é preciso de ajustes finos, Tiago por exemplo briga apenas para ser campeão, os demais ainda brigam consigo mesmos, ou seja, o tempo perdido entre uma vitória e outra, entre um resultado convincente e outro, é enorme.
A palavra solidez tem combinado com Tiago, que mesmo sob revezes ruins ainda consegue mostrar porquê é mais líder do que nunca. A capacidade de recuperação esteve com ele nas duas etapas e na segunda 15 milésimos lhe renderam o pódio.
É claro que esperamos mais de alguns pilotos, principalmente porque enxergamos soluções em meios a seus problemas, caso de Ricardo Vargas, Wesley Moreno e Cláudio Paulo. Todos já tiveram bons momentos, fases mais fortes e até já competiram mais, eu acredito que uma maior dedicação os traria mais para perto das vitórias, mas é claro, falo da pista, o lado pessoal não cabe a mim.
Estes três foram o tema central nas duas etapas, com altos e baixos no mesmo evento, o que reforça o que disse até aqui. A vitória de Ricardo na primeira parte em Monza foi no oportunismo, estando bem posicionado e tomando decisões acertadas entre os deslizes de Schreiber, Tiago e do próprio Moreno que brigavam mais intensamente pela ponta, é óbvio, não posso esquecer de Sandro Oliveira. A questão é que Ricardo foi mais inteligente que todos os outros, principalmente na parte de não cometer erros e nem tomar punições, e vejam só, a dobradinha com Moreno veio mesmo com todos os acontecimentos contra Wesley ( que ele próprio provocou ).
Na segunda parte as mesmas coisas rodearam a corrida: erros individuais, e a visão de Cláudio Paulo que o tirou do limbo para cruzar a linha na frente depois de muito tempo. As coisas passaram mais uma vez pela infelicidade de Tiago em quebrar a asa na largada, em Sandro ter saído e os carros de segurança entrado com frequência. Que fique claro: vencer é sempre ótimo! Cláudio teve todos os méritos, assim como Ricardo, ele foi tão oportunista quanto, subindo degrau por degrau e aproveitando os vacilos e a parelha do safety car.
Na disputa final com Alan, Cláudio passa a linha em primeiro e adivinhem: por também 15 milésimos. De um lado esse tempo solidifica ainda mais um piloto que anda no limite para atingir os melhores resultados, por outro, esse tempo quase invisível representa que sim, estes pilotos ainda estão vivos, sabem vencer, mas a corda ainda está no pescoço. Cada um tem o seu campeonato particular, mas eles podem entregar mais.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel