F1 EVENTO ESPECIAL - SCHUMACHER
Com o carro de Schumacher, Henrique é o melhor da noite
Depois de 6 meses fora das pistas pudemos acompanhar a volta (talvez não definitiva) de Henrique Aires as pistas da Reality, e que grande ousadia e arrojo de tornar ao asfalto justamente sob o volante de um dos carros mais incríveis de todos os tempos em que a F1 existe: a Ferrari de 2004 que ficou marcada pela tocada de Michael Schumacher. Henrique é um jovem de muito potencial, mas deixou as pistas após uma sequência muito negativa nos campeonatos onde nada parecia se encaixar. Parada mais do que necessária, parece ter dado muito certo.
Antes de retomar aos feitos de Aires, é bom não esquecer de colocar que muitos nomes não conhecidos da Reality mas que fazem partes de outras ligas participaram do evento e foram bem em todas as etapas. Jaum, Dexter e San, que venceu a segunda etapa na Bélgica foram depois de Henrique o grande ponto positivo, pilotos firmes e de conhecimento sobre o que fazem na pista. A não ser que seja num campeonato, esses eventos além de serem uma homenagem, também servem para vermos nomes bons como o deles, e nem tanto para avaliarmos estratégias, até porque o carro é completamente diferente do que temos hoje.
Henrique venceu três das quatro provas, sendo Monza, Canadá e Japão. Confesso que me agradou muito sua pilotagem, que foi principalmente, muito consciente, segura, e pelo menos agora passando longe de alguns momentos esquecíveis que ele próprio viveu. As coisas ficam melhores, mais fortes em relação às vitórias mesmo que em provas muito curtas, no sentido que já frisei antes: a dificuldade de guiar esse carro, de o manter na linha e brigar por posições sem ao menos rodar ou tomar muitas punições.
Apertou o quanto deu, mas em nenhum momento cometeu erros por estes apertos, que serviram para defender posição e abrir vantagem. Errar nessas condições é bem propício, e mais uma vez eu coloco: parece um outro piloto, e tomara que eu não me engane quando, e se puder vê-lo num campeonato mais longo. Boa volta, seja ela definitiva ou não.
Por Allan Cataneo