MUNDIAL F1 PROFESSIONAL FÊNIX - ETAPA 04 - GRANDE PRÊMIO DO AZERBAIJÃO - SEASON 02
No mano a mano, está difícil
A cada prova que passa dentro do Professional Fênix, desta vez no Mundial, nós chegamos até a transmissão com a certeza de apenas uma coisa: Matheus Leão é o cara a ser batido. Assim tem sido, assim é e provavelmente será até o fim do campeonato. Sua pilotagem hoje é superior a dos demais, seja em técnica, velocidade ou em leitura de corrida. Veja bem, ele não é perfeito, não é imbatível e nem será “o ponta” para sempre, o que acontece, acontece agora, e com muita claridade, não deixa dúvidas de nada e ainda por cima pressiona os grandes, o que aliás não faltam por aqui. Ele está na frente dos melhores como sendo o melhor, na categoria mais apelona de todas.
Se falta, ele complementa. Se está atrás, ele busca a frente. Se anda mal num dia, melhora no outro. Estas são algumas das ações que observo em Matheus, é assustador como tem andando forte, fazendo frente aos Campeões Mundiais que por lá figuram como se tivesse o triplo da experiência deles, sabendo que poderia ser até filho de alguns por conta da pouquíssima idade que tem. Só me passa pela cabeça uma coisa: foco nos treinos e em entender cada uma das corridas, o que é fundamental, e de fato sobra em Leão. Obviamente que ele não tem os mesmos compromissos que os demais têm de arcar todos os dias, como trabalho integral, filhos, esposa e ocupações com coisas cotidianas que exigem muito de qualquer um. Mas isso não pode e não deve servir como uma muleta para eles ou uma alavanca para Leão, nada disso, compreendemos o dia a dia, mas também sabemos que um campeonato desse nível exige muito dos pilotos, principalmente tempo.
Ficou bem para trás o dia em que isso tudo era apenas uma grande brincadeira. Só os dedicados sobrevivem.
No Azerbaijão a mesma missa: ninguém, nem mesmo os extraterrestres Léo Mautes e Victor Roldan conseguiram de Mercedes, segurar Matheus. A pole de Léo foi importantíssima, principalmente porque ele precisava muito dela para um possível restabelecimento no mundo das vitórias. O começo foi bom, foi forte, como é de costume de Mautes em impôr um ritmo muito agudo sobre quem vem na parte de baixo, porém, não foi possível manter-se muito tempo por lá, no primeiro embate Matheus o passou com tanta propriedade que nem parecia que era Léo Mautes o ultrapassado.
Mesmo com um undercut bem feito pela dupla da Mercedes e deixando Roldan a frente, o garimpo do menino da Red Bull encontrou o ouro, deu mais algumas marteladas e logo tornou a permanecer entre os dois carros adversários, empurrando Victor de todas as formas possíveis, o obrigando a se defender com todas as armas possíveis.
A pressão não parou por um segundo sequer, e por aí mesmo é que vai a perícia de Matheus Leão, ou seja, numa pista tão rápida e tão perigosa, forçando dois dos melhores pilotos, ambos companheiros de equipe, ele não tomou absolutamente nada de punição, enquanto os dois sim, e mesmo sendo em qualquer outra ocasião segundos sem importância, nessa, foi fatal. Piscou, perdeu. Sob a escolta de Roldan, Matheus não precisava passá-lo para vencer, mas foi, foi, e foi até os últimos metros da última volta e nos mostrou mais uma vez o porquê está tão à frente. Passou Roldan e cruzou a linha.
Por equipes a Mercedes lidera, principalmente porque Arthur Isac não tem conseguido ser equivalente ao seu parceiro, e nesse quesito Léo e Victor são bem superiores. Por hora é isso para a Mercedes, segurar a ponta das equipes, porque no mano a mano está difícil.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel