MUNDIAL F1 DRACO - ETAPA 11 - GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA - SEASON 03
8 provas depois Airton Souza retoma as vitórias destruindo em Spa
“Um show desse piloto que não cansa de se reinventar”. Essas foram as palavras de Fábio Bispo referindo-se a Airton Souza ao final da prova, e não poderiam ser mais apropriadas para o momento, afinal de contas foi sim, uma das melhores provas do ano, senão, a melhor. Aos meus olhos e gostos, fazia bastante tempo que não tínhamos o prazer de ver uma corrida nível “A” por aqui, com disputas intensas até o fim, técnicas muito apuradas, primeiro e segundo pressionados ao extremo e performances assustadoras de muitos dos pilotos, neste caso, os principais da noite na Bélgica: Tony e Airton.
O leilão é uma ferramenta incrível para que os pilotos possam se refazer no campeonato ou se manter em alto nível. Tony é o terceiro na tabela, e é evidente que tem pilotagem de sobra para ser o segundo ou o primeiro, e foi justamente por isso que ele acertadamente foi até a Mercedes. As chances aumentam muito, e a possibilidade de vitória está na porta, principalmente porque ele só venceu na Áustria e a falta de Pedro Raso poderia de certa forma facilitar o caminho.
A corrida de Peterson foi irretocável, sim senhor, nada a dizer de um piloto que deu tudo de si com o melhor carro do grid numa de suas melhores provas. Tudo o que fez foi correto, pressionou até a última volta, mas a pressão lhe fez tomar penalidades, o que neste caso é totalmente aceitável e não muda em nada do que foi entregue. Sua briga foi o tempo todo com Airton, que sendo tão bom quanto Tony é, conseguiu lhe segurar na base do braço e inacreditavelmente guiando uma Renault, algo improvável para um piloto que não vencia a oito provas e precisava de um gás para nos mostrar que “aquele Airton” ainda reside por ali.
Pois ele, Airton, fez o contrário, não foi nos melhores carros, e o motivo eu não sei e nem preciso, mas se eu estivesse comentando a prova certamente diria que não foi uma decisão certa. Bom, certa ou errada é ele quem a toma e foi assim mesmo, de Renault, que ele segurou Tony e destruiu do início ao fim numa performance sensacional, apenas no talento e conhecimento com um carro mediano, impedindo um piloto de ponta com um carro de ponta que ao seu mínimo erro poderia o passar.
Mas nada como Spa para retomar o caminho mais alto do pódio, uma das pistas mais amadas da F1 que serviu de palco para Airton Souza abraçar a liderança e avisar a todos nós que ele não está a passeio, que pode entregar muito e que ao contrário do que o colunista pensa, ele ainda quer ser campeão. Esse cara é um piloto e tanto, muito diferenciado, e geralmente pilotos que chegam por aqui explodindo com carros médios e ruins ocupam um lugar bem prestigiado na Reality Xp, ou seja, o hall dos campeões nível A.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel