A atual pontuação de Tony Oliveira estampa o título. São os números de quem chegou até aqui por único e puro merecimento. Abandonou a fase tempestuosa e depois dela, só alegria, que veio seguida por excelentes atuações. Liderança larga até o determinado momento, e isso se deve também aos pequenos obstáculos enfrentados por Weverton, que chegou a encostar em Tony, mas acabou vendo o rival seguir em frente no acerto das sequências de vitórias, que foram três, Alemanha, Hungria e Itália, entre meio, um quinto lugar na Bélgica. Enquanto lhe coube dois bons terceiros e um segundo lugar. Percebe? Estou falando de pódio em três provas para Werton! Ótimas atuações e um objetivo firmado pelo vice-líder, em crescer a cada etapa, e evoluir como poucos conseguem, mesmo assim, Tony mostra bastante superioridade. Não é demérito de Weverton, ele não tem culpa de ter alguém numa regularidade absurda a sua frente.
Arrumando a casinha após a briga ferrenha com Tiago Luz, o líder do campeonato galgou diversas posições depois do toque na Mercedes. Lembra da capacidade de reverter os resultados, da qual mencionei em outra coluna? Bem, é disso que estou falando aqui. Não me parece que ele vá deixar escapar o título, é cedo ainda, claro, mas quando o nível aumenta num estágio desses, tudo conspira a favor, e o foco me parece estar afinado. Grande corrida em Monza, vitória com jeito de quem pode cravar mais do que nunca seu favoritismo.
Provas e mais provas, disputas e mais disputas, erros bobos e pilotagens de tirar o chapéu. Tiago Luz, um lutador a favor da evolução, é nítido o esforço, e acredite, momentos únicos irão chegar, ele mesmo deve se auto-comparar com o que já foi, é outra história, outro piloto. Conseguiu manter a barata na pista e ser líder, fez frente a Tony e encarou João de perto, deu gosto hoje, a Mercedes ajudou? Óbvio que sim, mas carro não é tudo, concentração e treino, sim. Seu rival maior na pista, o já mencionado João, foi num todo muito competente. Em um “frente a frente” aqui, as comparações o colocam num ponto acima, Red Bull não é melhor que Mercedes, lembra? Carro não é tudo. Então, 1 a 1, entre ele e Tiago.
João tem uma vitória em uma ilha deserta e o segundo lugar como a pequena ponte. É ruim? Sim, muito. Resultados incríveis nem sempre podem ser sequenciados, mas resultados bons e ótimos são obrigação para brigar por algo e sair do limbo. Isso vale para todos aqueles que venceram uma vez e nada mais. A regularidade é uma regra de ouro. Quer uma dica? Entre para o “time do Tony”.
Mauricio Klippel
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